quarta-feira, 27 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
Matthew Herbert
Matthew Herbert (1972) é um músico e produtor de música electrónica britânico. Já actuou com alguns grandes nomes da música actual, incluindo Björk. O seu mais recente álbum chama-se Plat du jour (2006).
O peso da genialidade é grande. Ser excêntrico e criativo na música, quando é uma constante celebrada, acaba virando armadilha para músicos, que ficam presos à obrigações inconscientes e expectativas. Imagine como deve ser para Matthew Herbert, o cara que gravou de camisinhas e comida, que fez Róisín Murphy criar canções com seus diários de papel (literalmente), e que agora está musicando a vida de um porco, do nascimento até virar linguiça nos pratos dos humanos.Num cenário em que a música eletrônica foi massificada e, diluída, passou a sofrer de falta aguda de idéias, o produtor e DJ inglês Matthew Herbert é um antídoto para esse marasmo criativo.
Assim como uma série de produtores que se afastam da obrigatoriedade de compor para a pista de dança, Herbert chega à maturidade flertando com a música eletrônica produzida pelas vanguardas dos anos 60 e 70, mostrando preocupação não só em criar uma música original, mas também em usar suas idéias musicais politicamente.
Quem presenciou a sua apresentação com a Matthew Herbert Big Band, no último dia 8 de setembro em São Paulo, na abertura da versão brasileira do festival espanhol de arte eletrônica Sónar, pôde atestar esse lado político, além de ouvir uma das misturas mais bem feitas de eletrônica com jazz.
Herbert sampleava em tempo real a banda composta de uma seção rítmica tradicional (piano, baixo e bateria), mais cinco saxofones, quatro trombones e quatro trompetes. Os arranjos cristalinos da banda, que lembram os de Gil Evans para discos clássicos de jazz orquestrado, como "Miles Ahead", de Miles Davis, eram desfigurados pelas mãos de Herbert, que alternava momentos de transparência com outros de dissonância completa.
No plano político, atacou o primeiro-ministro britânico Tony Blair em duas projeções de vídeo, e a imprensa americana ao distribuir cópias do "USA Today" para serem rasgadas e amassadas pela banda. O som dos jornais rasgados eram sampleados e mixados ao som da orquestra.
Mas nem sempre as músicas de Herbert tiveram esse viés político. Seus primeiros lançamentos eram de música para pista, misturas de house e electro, sempre com uma mistura jazzy. O jazz, inclusive, é algo natural em Herbert, que estudou piano e aos 16 anos já tocava em uma big band inglesa.
Há alguns anos tive contato com algumas das faixas de Herbert para pista, mas me converti ao seu credo eletrônico após comprar o excelente "Bodily Functions", em 2001. O disco chamou a minha atenção pelo seu conceito.
Seguindo as regras que ele próprio criou para não "trapacear" como produtor, explicadas no manifesto PCCOM (Contrato Pessoal para a Composição de Música, na sigla em inglês), que não admite o uso de samples de músicas preexistentes e de baterias eletrônicas, "Bodily Funcitons" é composto usando samples de sons produzidos pelo corpo humano e tem lindas composições vocais cantadas por Dani Siciliano, hoje mulher de Herbert, que também se apresentou em São Paulo.
A internet me possibilitou ir atrás das outras músicas do produtor, lançadas sob diferentes heterônimos, como Doctor Rockit, Wishmountain e Radioboy, alguns deles já devidamente enterrados. Meu preferido é Radioboy, que encarna uma cruzada contra a globalização.
Seu único álbum, "The Mechanics of Destruction", é distribuído de graça na internet no site www.themechanicsofdestruction.com e traz faixas como "Nike", McDonald’s", "Hollywood", "Coca Cola", "Rupert Murdoch e Vivendi", entre outras. Nessas faixas ele cria uma música esquisita, usando samples relacionados com cada um dos temas, como o som produzido ao usar canudinhos para tomar refrigerante, no caso de "McDonald’s" ou discursos políticos, como em "Henry Kissinger".
A política volta a ser tema de Herbert em seu disco mais recente, "Goodbye Swingtime" (2003), o mesmo que foi apresentado com a orquestra na abertura do Sónar. Conversei com Herbert, por telefone, pouco antes de ele vir a São Paulo.
Discografia:
- The antioch bypass Ep (1997)
- Let's all make mistakes (2000)
- Mistakes (2001)
- One minute (2001)
- Mistakes (2001)
- Secondhand sounds (2002)
- On your feet Ep (2004)
- Plat du jour (2005)
- The appetiser (2005)
- Score (2007)
- Parts Remixed (1996)
- 100 Lbs (1996)
- Parts One Two and Three (1996)
- Around the House (1998)
- Bodily Functions (2001)
- Secondhand Sounds: Herbert Remixes (2002)
- Around the House (2002)
- Scale (2006)
- Wishmountain is dead - Long live to Radio Boy (1997)
- The mechanics of destruction (2001)
- Rude Workouts (2005)
- The music of sound (1996)
- Indoor fireworks (2000)
- The unnecessary history of Doctor Rockit (2004)
- Goodbye swingtime (2003)
- There’s me and there’s you (2008)
Aksel Schaufler também conhecido como Superpitcher, é um produtor musical alemão. Também faz parte do Supermayer, projeto paralelo com seu colaborador Michael Mayer. De origem alemã Isolée é formado por Raijko Muller teve seu albúm de estréia lançado em 2000 (Rest). Müller nasceu na cidade de Frankfurt, aos sete anos mudou com os pais para a Argélia, onde viveu até completar 12 anos. Depois voltou à sua cidade natal onde se envolveu com música e sintetizadores lançando albúns com influência de House, Minimal, Funk e Soul .
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Neverland A Terra Do Nunca!!
O rancho Neverland (em português, Terra do Nunca) é o nome dado ao rancho que pertencia ao cantor estadunidense Michael Jackson. Localiza-se no Condado de Santa Bárbara, na Califórnia, Estados Unidos.
Neverland está a 200 km de Los Angeles e, além de contar com uma imensa mansão, possui um zoológico e um parque infantil. Em maio de 1988, Michael Jackson se mudou da residência da família, Hayvenhurst, em Encino, para um rancho recém-adquirido no vale de Santa Ynez, ao norte de Los Angeles, também na Califórnia. A propriedade, de 2.7 mil acres, foi batizada de Neverland - uma referência ao livro Peter Pan (1906), de J. M. Barrie. O astro morou sozinho no rancho por 17 anos em busca de privacidade. Não funcionou. Pelo contrário,. o isolamento só fez com que aumentasse o interesse do público e, consequentemente, da imprensa sobre a vida dele.
Em 2008, o cantor pop vendeu a propriedade por acumular uma dívida milionário em hipoteca. A empresa Sycamore, do grupo americano Colony Capital, dono de empreendimentos em Las Vegas, arrematou a área por US$ 100 milhões. No entanto, Jackson é um dos sócios da empresa, logo um dos donos.
sábado, 23 de abril de 2011
Música Eletronica
Musica eletrônica e toda música que é criada ou modificada através do uso de equipamentos e instrumentos electrónicos,[1] tais como sintetizadores, gravadores digitais,computadores ou softwares de composição. Os softwares são desenvolvidos de forma a facilitar a criação.
Por sua história passou de uma vertente da música erudita (fruto do trabalho de compositores visionários) a um elemento da música popular, primeiramente bastante relacionado ao rock e posteriormente discernindo-se como um gênero musical próprio (principalmente relacionado com a música popular nos sub-estilos considerados dançantes tais como o techno, acid, house, trancee drum 'n' bass, desenvolvidos a partir do auge da música disco no final da década de 1970). Actualmente existem várias ramificações do estilo, tanto eruditas como populares.
Originalmente relutada por ter sua tecnologia evoluída muito mais rapidamente que sua estética, só passou a ter princípios e tradição após a Segunda Guerra Mundial,[1] com o trabalho de franceses na música concreta e de alemães na Elektronische Musik.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Off the Wall é o quinto álbum de estúdio solo do músico pop americano Michael Jackson, lançado em 10 de agosto de 1979 pela gravadora Epic Records, após a performance bem recebida pela crítica de Jackson no cinema, em The Wiz. Michael havia se aproximado do produtor musical Quincy Jones enquanto trabalhava naquele projeto, tornando-se seu amigo, e Jones concordou em participar do seu próximo álbum de estúdio. As sessões de gravações ocorreram entre dezembro de 1978 e junho de 1979, em diversos estúdios na cidade de Los Angeles, na Califórnia.
No disco, Michael, que estréia como compositor, assina três faixas; uma delas, "Don't Stop 'Till You Get Enough", lançada como compacto em 79, lhe renderia o primeiro Grammy desde o início da década, o de "Desempenho Vocal R&B Masculino", um ano depois. O álbum inclui ainda canções de Paul McCartney ("Girlfriend"), Stevie Wonder ("I Can't Help It") e Rod Temperton ("Rock with You", "Off The Wall" e "Burn This Disco Out"). Na faixa "It's The Falling In Love", Michael divide vocais com Patti Austin. Jackson recebeu críticas positivas por sua performance vocal no álbum, e com ele se tornou o primeiro artista solo a ter quatro singles do mesmo álbum chegarem ao top 10 da Billboard Hot 100. O álbum também foi um sucesso comercial, e até hoje recebeu sete discos de platina, e vendeu 20 milhões de cópias ao redor do mundo.
Em 16 de outubro de 2001 uma edição especial de Off the Wall foi lançada pela Sony Records. Críticas recentes do site Allmusic e da revista Blender continuaram a louvar o álbum por seu apelo em pleno século XXI. Em 2003 o álbum ocupava a 68.ª posição da lista de 500 maiores álbuns de todos os tempos da revista Rolling Stone. A National Association of Recording Merchandisers listou o álbum na 80.ª posição entre os seus "200 álbuns definitivos de todos os tempos" e, em 2008, Off the Wall foi nomeada para o Grammy Hall of Fame. O álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos do Rock and Roll Hall of Fame.
Off The Wall é seguido pelos seguintes álbuns, que transformariam Michael na lenda e no gênio da música que é nos dias de hoje: Thriller (1982), Bad (1987), Dangerous (1991) e HIStory (1995).
A seguir videos das músicas do albumhttp://youtu.be/yURRmWtbTbo Don't Stop 'Til You Get Enough
http://youtu.be/5X-Mrc2l1d0 Rock With You
http://youtu.be/TDTcxKCjz-E Workin' Day And Night
http://youtu.be/oTBcOWmmHGI Get On The Floor
http://youtu.be/Xrd3lSn5FqQ Off The Wall
http://youtu.be/92TvK5tc40w Girlfriend
http://youtu.be/6DQJPL9Yuq0 She's Out Of My Life
http://youtu.be/QnhWML43NI8 I Can't Help It
http://youtu.be/uMt-sI_zRH0 It's The Falling In Love
http://youtu.be/5lH_LCHUp6E Burn This Disco Out
Motown
A empresa mãe Universal Music Group
Fundada 1959
Fundador Berry Gordy, Jr.
Distribuidor UMRG
(Em os EUA)
UMG
(Fora os EUA)
Gênero Vários
País de origem Estados Unidos
Localização New York City, Nova Iorque
Site Oficial Motown.com
Motown desempenhou um papel importante na integração racial da música popular , como foi a primeira gravadora de propriedade de um Americano Africano mesmo que ela não foi a primeira a apresentar Africano-Americano artistas principalmente. Motown conseguiu um crossover sucesso. Em 1960, a Motown e da sua alma, baseada em filiais foram os defensores mais sucesso do que veio a ser conhecido como O Som da Motown , um estilo de música soul com influências pop distintos.
Motown possuiu ou distribuído lançamentos de mais de 45 filiais em gêneros variados, embora seja o mais famoso para seus lançamentos no gênero da música de rhythm and blues , soul , hip hop e pop. Gordy mudou a Motown Records para Los Angeles em 1972 e lá permaneceu uma companhia independente até 28 de junho de 1988, quando Gordy vendeu a companhia para a MCA e Boston Ventures (que assumiu a propriedade da Motown em 1991), em seguida, para a PolyGram , em 1994, antes de ser vendida novamente para a MCA Records 'sucessor Universal Music, quando adquiriu o grupo PolyGram.
terça-feira, 19 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Banda Toto
Informação geral | |
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Origem | Los Angeles, Califórnia |
País | Estados Unidos |
Gêneros | Pop rock Hard rock Soft rock |
Período em atividade | 1977 – 2008, 2010 |
Gravadora(s) | Columbia Records Frontiers Records Toto Recordings Inc. |
Página oficial | www.Toto99.com |
Integrantes | |
Steve Lukather David Paich Simon Phillips Nathan East Steve Porcaro Joseph Williams | |
Ex-integrantes | |
Jeff Porcaro (falecido), David Hungate, Fergie Frederiksen, Jean-Michel Byron, Mike Porcaro, Greg Phillinganes, Bobby Kimball |
Toto foi uma banda de rock dos Estados Unidos formada em 1977 em Los Angeles. Foram bem sucedidos na década de 1980, lançando álbuns aclamados como Toto IV, sendo conhecidos por compactos como "Hold the Line", "Rosanna", "Africa" e "Stranger in Town".
Por ter sido formada por músicos veteranos de estúdio, uma característica marcante da banda era sua qualidade técnica, assim como a combinação de diferentes estilos musicais tais como pop, rock, soul, funk e jazz. Apesar de serem frequentemente associados ao soft rock, a variedade de seu som permitiu a sua popularização em uma ampla gama de ouvintes. Juntos, lançaram dezessete álbuns e venderam mais de trinta milhões de gravações.
Formação
A banda foi formada em 1977 por seis músicos de estúdio, que anteriormente haviam trabalhado regularmente com Steely Dan,[1] Seals and Crofts,[2] Boz Scaggs,[3] Sonny and Cher,[4] e outros. Filho do famoso músico e arranjador Marty Paich, o tecladista David Paich se popularizou após coescrever o álbum Silk Degrees de Boz Scaggs. Após tocar em diversas sessões com o bateristaJeff Porcaro, os dois começaram a discutir a possibilidade de formar sua própria banda. Reuniram-se com o baixista David Hungate, já conhecido das turnês com Boz Scaggs. Também convidaram o guitarrista Steve Lukather e o tecladista (irmão de Jeff) para incrementar o grupo. Com a adição do cantor Bobby Kimball, o grupo começou a trabalhar em seu primeiro álbum em 1977, após assinar com a Columbia Records.
Falling in Between and Falling in Between Live
No início de 2006, o Toto lançou Falling in Between, seu primeiro álbum de inéditas desde 1999. A obra apresenta um trabalho extensivo no teclado de Steve Porcaro, e um dueto com Joseph Williams no primeiro compacto, "Bottom of Your Soul". O álbum recebeu críticas positivas tanto da mídia quanto dos fãs.[19] Após o lançamento, a banda entrou numa grande turnê mundial em 2006, continuando em 2007 para a segunda parte. Em 2007, contou com Leland Sklar substituindo Mike Porcaro nos baixos, devido a problemas de saúde. O álbum duplo Falling in Between Live foi lançado pela Eagle Records para comemorar a turnê.
james brown
Dezembro de 2006) foi um cantor, compositor e produtor musical norte-americano reconhecido como uma das figuras mais influentes do século XX na música.Que já vendeu pouco mais que 100 milhões de álbuns.
Como um prolífico cantor, compositor, dançarino e bandleader, Brown foi uma força fundamental na indústria da música. Deixou sua marca em diversos artistas ao redor do mundo, influenciando até mesmo os ritmos da música popular africana, como o afrobeat, juju e mbalax,[1] e forneceu o modelo para todo um subgênero do funk, o go-go.[2]
Brown começou sua carreira profissional em 1956 e fez fama no fim da década de 1950 e começo da década de 1960 com a força de suas apresentações ao vivo e várias canções de sucesso. Apesar de vários problemas pessoais, continuou fazendo sucesso durante os anos 80. Além de sucesso como músico, Brown também teve presença nas questões políticas dos Estados Unidos durante os anos 60 e 70.
Brown foi conhecido por inúmeros apelidos, incluindo Soul Brother Number One, Sex Machine, Mr. Dynamite, The Hardest Working Man in Show Business, The King of Funk, Minister of The New New Super Heavy Funk, Mr. Please Please Please Please Her, I Feel Good, The Original Disco Man[3] e principalmente The Godfather of Soul ("O Padrinho do Soul"). No livro "Sweet Soul Music" de Arthur Conley, ele é descrito como King of Soul ("Rei do Soul").
Índice[esconder] |
[editar] Infância
James Brown, cujos pais eram Susie Behlings e Joseph ("Joe") James Gardner (que mudou seu nome para Brown pois Mattie Brown o criou)[4] na pequena cidade de Elko (Carolina do Sul) durante a Grande Depressão. Brown, que teria o nome do pai, acrecido de "Jr.", foi incorretamente registrado como James Joseph Brown, Jr.[5] Quando criança, Brown era chamado de Junior. Quando mais tarde foi viver com a tia e um primo, ele passou a ser chamado de Little Junior pois seu primo também era chamado de Junior.[5]
Brown e sua família viviam em extrema pobreza.[6] Quando Brown tinha dois anos de idade, seus pais se separaram depois que sua mãe deixou seu pai para ficar com outro homem. Depois que a mãe abandonou a família, Brown continuou a vier com seu pai até a idade de seis anos. Depois desse período, Brown e seu pai se mudaram para Augusta (Geórgia).
Seu pai entregou Brown para uma tia, que administrava uma casa de prostituição. Embora Brown vivesse com parentes, passou longos períodos a própria sorte, perambulando pelas ruas.
Durante sua infância, Brown ganhava dinheiro engraxando sapatos, vendendo e trocando selos, lavando carros e louças além de cantar em concursos de talentos. Brown também fez shows para as tropas de Camp Gordon no começo da Segunda Guerra Mundial pois os comboios viajavam por uma ponte próxima à casa de sua tia. E assim, ganhando dinheiro nestas aventuras, Brown aprendeu a tocar gaita dada ele por seu pai. Tampa Red, famoso músico americano e que estava namorando uma das meninas da casa de sua tia, ensinou Brown a tocar guitarra; além disso, aprendeu com outros músicos a tocar piano e bateria. Brown quis se tornar artista após assistir Louis Jordan, um popular músico de jazz e R&B, se apresentado nos anos 40 com sua banda Tympany Five em um curta chamado "Caldonia".[7]
Quando adulto, Brown mudou legalmente seu nome, removendo o "Jr.".[8] Brown começou a praticar crimes em Augusta e na idade de 16 anos foi condenado por assalto a mão armada e enviado para um centro de detenção juvenil em Toccoa em 1949.
Enquanto estava na escola reformatória, conheceu Bobby Byrd, que viu Brown se apresentar na prisão. A família de Byrd ajudou em sua soltura antecipada após cumprir três anos de sua sentença. As autoridades concordaram em soltar Brown com a condição que ele conseguiria um emprego e não retornaria a Augusta ou Richmond County. Após tentar o boxe[9] e ser arremessador em um time semi-profissional de beisebol (uma carreira interrompida por uma lesão na perna), Brown focou toda sua energia na música.
[editar] Carreira
A carreira de Brown atravessou décadas e influenciou profundamente o desenvolvimento de diferentes gêneros musicais.[10] Brown se apresentou em concertos, primeiro na região Sul dos EUA, depois por toda a América e então pelo mundo todo, além de se apresentar em shows de televisão e filmes. Embora tenha contribuído com o mundo musical por seus vários sucessos, Brown tem o título de artista que mais colocou singles nas paradas da Billboard Hot 100 sem nunca atingir o número um desta parada.[6][11]
[editar] 1955: The Famous Flames
Em 1955, Brown e a irmã de Bobby Byrd, Sarah se apresentaram em um grupo chamado "The Gospel Starlighters". Eventualmente Brown se juntava ao grupo vocal de Bobby Byrd, the Avons, e Byrd transformou o som do grupo em secular rhythm and blues. Após o nome do grupo ter sido mudado para The Flames, Brown e o grupo de Byrd foram para o Sul, o chamado "chitlin' circuit". O grupo então assinou um contrato com o selo Federal Records de Cincinnati; selo do mesmo grupo da King Records.
A primeira gravação do grupo foi o single "Please, Please, Please" em 1956. O single atingiu o número 5 da parada R&B, vendendo mais de um milhão de cópias. Nove subsequentes singles lançados pelos The Flames falharam em atingir o mesmo sucesso do single de estreia, e o grupo passou a sofrer o risco de sair da King Records.
As primeiras gravações de Brown foram composições inspiradas no gospel-R&B, altamente influenciadas pelo trabalho de músicos como Ray Charles e Little Richard. A relação com Little Richard foram particularmente significantes no desenvolvimento como músico e showman. Quando Richard deixou a música pop em 1957 para se tornar pregador, Brown substituiu Richard nas datas restantes. Vários músicos que acompanhavam Little Richard se juntaram ao grupo de Brown depois que Richard deixou a cena.
Brown atribuia a criação do funk aos Upsetters.[12]
Brown retornou as paradas em 1958 com o sucesso "Try Me". Este single foi o mais vendido entre os discos de R&B do ano, e se tornaria o primeiro de 17 canções que atingiriam o topo da parada R&B pelas próximas duas décadas.[13] No lançamento de "Try Me" em disco, o nome do grupo passou a ser James Brown and The Famous Flames.
Em 1959, Brown e os Famous Flames se mudaram da Federal Records para a King Records. Brown começou a ter recorrentes conflitos com o presidente da King Records Syd Nathan, a respeito de repertório e outras questões. Em um notável acontecimento, Brown gravou o sucesso de 1960 "(Do the) Mashed Potatoes" na gravadora Dade Records, de propriedade de Henry Stone, sobre o pseudônimo de "Nat Kendrick & The Swans" porque Nathan se recusou a permitir que fosse gravado na King.[14]
[editar] Começo dos anos 60
Brown entrou nas paradas no começo dos anos 60 com sucessos como a cover "Night Train" em 1962. Enquanto os singles de Brown eram grandes hits no chamado chitlin' circuit, no Sul dos EUA e na parada R&B Top Ten, ele os Famous Flames não tinham sucesso nacionalmente até a apresentação ao vivo gravada no LP de 1963 Live at the Apollo. Brown financiou por si próprio a gravação do álbum, que foi lançado pela King Records com objeções do dono da gravadora Syd Nathan, que não viu potencial comercial em um álbum ao vivo sem nenhuma canção nova. Apesar das expectativas de Nathan, o álbum ficou nas paradas pop por quatorze meses, aingindo o número 2.[15] Em 1963 Brown uma versão da balada "Prisoner of Love" (seu primeiro sucesso a atingir o Top 20) e fundou (sob bons olhos da King Records) a incipiente Try Me Records, primeira tentativa de Brown em gerenciar uma gravadora.
Após o sucesso Live at the Apollo Brown lançou uma série de singles que, juntamente com o trabalho de Allen Toussaint em Nova Orleães, definiram a fundação da música funk. Com o sucesso de Live at the Apollo e o fracasso da King Records em expandir suas vendas diante do consumidor negro, James Brown e o amigo Bobby Byrd formaram uma companhia de produção, Fair Deal, para promover os discos de Brown perantes as plateias "brancas". Neste arranjo a Smash Records, uma subsidiária da Mercury Records foi usada como veículo para distribuir a música de Brown. A Smash lançou em 1964 "Out of Sight", que atingiu o número 24 nas paradas pop e apontou o caminho para o funk que viria a seguir.[16] Este disco disparou uma batalha legal entre a Smash e a King.[17]
Durante a metade dos anos 60, duas canções de Brown "Papa's Got a Brand New Bag" e "I Got You (I Feel Good)", ambas de 1965, foram sucessos tantos nas paradas pop como nas paradas R&B, sendo os singles mais vendidos por mais de um mês. Em 1966, "Papa's Got a Brand New Bag" venceu o Grammy na categoria "Melhor Gravação de Rhythm & Blues". Brown continuou ganhando fama com aparições em filmes como Ski Party e The T.A.M.I. Show, no qual ele e os Famous Flames (Bobby Byrd, Bobby Bennett e "Baby Lloyd" Stallworth) subiam ao palco com os The Rolling Stones.
[editar] Final dos anos 60
Enquanto a década de 60 chegava ao fim, Brown continuava a refinar o novo idioma do funk. A canção de 1967 (que atingiu o número 1 na parada R&B), "Cold Sweat", algumas vezes citadas como a primeira canção funk, foi a primeira a conter um solo de bateria conhecido como "drum break". Os arranjos instrumentais de faixas como "Give It Up Or Turnit A Loose" e "Licking Stick-Licking Stick" (ambas gravadas em 1968) e "Funky Drummer" (gravada em 1969) apresentava uma versão mais desenvolvida do estilo que Brown apresentava até a primeira metade dos anos 60, com a sessão de sopro, guitarras, baixo e bateria misturados em intricados padrões e múltiplos riffs.
As mudanças no estilo de Brown que começaram com "Cold Sweat" também estabeleceram os fundamentos de outros sucessos de Brown, como "I Got the Feelin'" (1968) e "Mother Popcorn" (1969). Nesta época os vocais de BRown frequentemente tomavam a forma de um tipo de declamação rítmica, nem totalmente cantada nem totalmente falada. Isto se tornaria uma grande influência nas técnicas de fazer rap das décadas vindouras.
Em Novembro de 1967 James Brown comprou a estação de rádio WGYW em Knoxville por $75.000, de acordo com a revista Record World de 20 de Janeiro de 1968. As letras que identificavam a rádio foram mudadas para WJBE refletindo suas iniciais. A WJBE começou a operar em 15 de Janeiro de 1968 transmitindo Rhythm & Blues. O slogan da estação era "WJBE 1430 Raw Soul".
As gravações de Brown influenciaram artistas em toda a indústria musical, mais notadamente Sly Stone e sua Sly & the Family Stone, Charles Wright & the Watts 103rd Street Rhythm Band, Booker T. & the M.G.'s e cantores de soul como Edwin Starr, The Temptations, David Ruffin e Dennis Edwards. O então pubescente Michael Jackson levou os gritos e dança de James para o mainstream como líder dos The Jackson 5 da gravadora Motown. Estas mesmas faixas foram mais tarde ressucitadas por incontáveis músicos de hip-hop a partir dos anos 70. Como resultado, James Brown permanece até os dias de hoje como o artista mais sampleado da história[18] com "Funky Drummer" sendo a peça musical mais sampleada de todos os tempos.[19]
A banda de James durante este período empregou músicos e arranjadores vindos da tradição do jazz. James é citado pela sua habilidade como líder de banda e compositor misturando a simplicidade do R&B com a complexidade rítmica e precisão do jazz. O trompetista Lewis Hamlin e o saxofonista/tecladista Alfred "Pee Wee" Ellis lideravam a banda. O guitarrista Jimmy Nolen provinha riffs simples e percussivos em cada canção, além dos solos de saxofone de Maceo Parker. Outros membros da banda de James incluíam seu braço-direito Bobby Byrd, os bateristas John "Jabo" Starks, Clyde Stubblefield e Melvin Parker (irmão de Maceo), o saxofonista St. Clair Pinckney, o trombonista Fred Wesley, o guitarista Alphonso "Country" Kellum e o baixista Bernard Odum.
Durante este período, o império musical de Brown cresceu e expandiu sua influência na cena musical. Enquanto o império de Brown crescia seu desejo por independência financeira e musical também cresciam. Brown comprou estações de rádio no final dos anos 60, inluindo a WRDW emn Augusta, Georgia onde ele engraxava sapatos quando criança. Brown também gravou diversas canções com outros músicos. Gravou Gettin' Down To It (1969) e Soul on Top (1970), dois álbuns em sua maioria de baladas românticas e jazz, com o Dee Felice Trio e Louie Bellson Orchestra respectivamente. Gravou faixas com os Dapps, uma banda "branca" de Cincinnati, incluindo o hit "I Can't Stand Myself (When You Touch Me)". Também gravou três álbuns de canções natalinas com sua banda.
[editar] Anos 70 e o J.B.'s
Por volta de 1970, a maioria dos membros da banda de James em sua formação clássica tinha deixado a banda em busca de outras oportunidades, o grupo The Famous Flames também tinha acabado, com apenas o membro original Bobby Byrd permanecendo com Brown. Brown e Byrd contrataram uma nova banda que incluía futuros astros do funk, como o baixista Bootsy Collins, o irmão de Collins, o guitarrista Phelps "Catfish" Collins e o trombonista e diretor musical Fred Wesley. Esta nova banda foi chamada de "The J.B.'s" e fez sua estréia no single de 1970 "Get Up (I Feel Like Being A) Sex Machine". Embora os The J.B.'s tenham passado por diversas mudanças, com a primeira ocorrendo em 1971, foi a banda mais conhecida de James.
Em 1971, Brown começou a gravar pela Polydor Records que passara também a distribuir os discos do catálogo da King Records. Muitos amigos e músicos de apoio, como Fred Wesley & The J.B.'s, Bobby Byrd, Lyn Collins, Vicki Anderson e Hank Ballard, lançaram discos pela People Records, um selo fundado por Brown e que foi comprado pela Polydor como parte do novo contrato de James. A maioria das gravações feitas na People tinha a produção do próprio James Brown. Canções como "I Know You Got Soul" de Bobby Byrd, "Think (About It)" de Lyn Collins e "Doing It to Death" de Fred Wesley & The J.B.'s são consideradas parte do legado de Brown assim como as gravações lançadas sob seu próprio nome.
Em 1973, Brown fez as canções para o filme blaxploitation Black Caesar. Em 1974, fez uma turnê pela Africa e se apresentou no Zaire como parte da famosa The Rumble in the Jungle, a luta entre Muhammad Ali e George Foreman. Admiradores da música de Brown, incluindo Miles Davis e outros músicos de jazz, começaram a citar Brown como grande influência em seus próprios estilos. Entretanto, Brown, como outros que eram influenciados por suas músicas, também era influenciado por outros. O single de 1976 "Hot (I Need To Be Loved, Loved, Loved, Loved)" (número 31 da parada R&B) emprestou o riff principal da canção "Fame" de David Bowie, não ao contrário como muitos pensam.[20]
As gravações de Brown pela Polydor durante os anos 70 exemplificam as inovações de James nos 20 anos precedentes. Composições como "The Payback" (1973), "Papa Don't Take No Mess", "Stoned to the Bone" e "Funky President (People It's Bad)" (1974) e "Get Up Offa That Thing" (1976) estão entre as mais notáveis gravações durante este período.
[editar] Final dos anos 70 e 80
Pela metade dos anos 70, o status de estrela de Brown estava em decadência, e os músicos chaves de sua banda como Fred Wesley o deixaram para se juntar ao Parliament-Funkadelic. O estilo disco pegou Brown de "guarda baixa" e anulou o estilo de puro funk nas pistas de dança. Seus álbuns de 1976 Get Up Offa That Thing e Bodyheat foram as primeiras aproximações de Brown ao ritmo da disco e as habilidosas produções. Enquanto os álbuns Mutha's Nature (1977) e Jam 1980s (1978) não geraram nenhum sucesso nas paradas, o LP de 1979 The Original Disco Man (um álbum de Disco Music) fez da canção "It's Too Funky in Here", seu último sucesso da década. Importante dizer que The Original Disco Man foi o único álbum que não foi produzido pelo próprio Brown; neste caso foi produzido por Brad Shapiro.
O contrato de Brown com a Polydor expirou em 1981, e sua agenda de gravações de turnês estava reduzida. Apesar destes eventos, Brown experimentou um ressurgimento durante os anos 80, aparecendo em filmes como The Blues Brothers, Doctor Detroit e Rocky IV, assim como uma participação especial em Miami Vice no episódio "Missing Hours" (1988). Também gravou Gravity, um álbum tanto quanto popular, lançado pela Scotti Bros., e o single de 1985 "Living in America", que fazia parte da trilha-sonora do filme Rocky IV. Em 1987, Brown venceu o Grammy por Melhor Vocal Masculino de R&B por "Living in America". Brown ainda colaborou com o artista de hip-hop Afrika Bambaataa no single "Unity".
Em 1988, Brown trabalhou com o time de produtores do grupo Full Force no álbum I'm Real, álbum este altamente influenciado pelo hip-hop, e que conseguiu colocar o single "Static" em número 5 na parada R&B. Enquanto isso o remix de "Give It Up Or Turnit A Loose", originalmente gravado em 1969 e presente na compilação In the Jungle Groove se tornou tão popular em pistas de hip-hop que um dos fundadores do hip-hop, Kurtis Blow chamou a canção de "o hino nacional do hip-hop".[21]
[editar] Anos 90 e 2000
Depois de uma temporada na prisão no fim dos anos 80, Brown lançou o álbum Love Overdue com um novo single "Move On". A Polydor também lançou em 1991 um box com quatro CDs chamado Star Time. Quase todos os discos de James foram relançados em CD, sempre com faixas adicionais e comentários de especialistas. Em 1991, Brown apareceu no vídeo de MC Hammer "Too Legit to Quit" (ou "2 Legit 2 Quit"). Em 1993, James Brown lançou o álbum Universal James com os singles "Can't Get Any Harder", "How Long" e "Georgia-Lina". Em 1995, o álbum ao vivo Live at the Apollo 1995 foi lançado, apresentando uma nova faixa de estúdio "Respect Me", que foi lançada com single naquele mesmo ano. Os últimos LPs de Brown durante este período foram I'm Back de 1998 com o single "Funk on ah Roll", e o álbum de 2002 The Next Step com o single "Killing is Out, School is In", ambos de produzidos e co-escritos por Derrick Monk.
Apesar de alguns problemas com a lei, James continuou a se apresentar e gravar regularmente, e fez aparições em programas de televisão, filmes como Blues Brothers 2000 e eventos esportivos.
[editar] James Brown Revue
Por muitos anos, os shows da turnê de Brown eram as mais extravagantes produções na América. Na época de sua morte, sua banda incluía três guitaristas, dois baixistas, dois bateristas, três na sessão de sopro.[22] Brown empregava entre 40 e 50 pessoas para a turnê James Brown Revue, que chegava a 330 shows por ano.[23][24]
[editar] Introdução ao show
Antes de James Brown entrar no palco, seu mestre de cerimônias pessoal lhe dava uma elaborada introdução, citando as alcunhas de Brown e suas principais canções. A introdução de Fats Gonder, captada no álbum de 1963 Live at the Apollo, é um exemplo representativo:
So now ladies and gentlemen it is star time, are you ready for star time? Thank you and thank you very kindly. It is indeed a great pleasure to present to you at this particular time, national and international[ly] known as the hardest working man in show business, the man that sings "I'll Go Crazy" … "Try Me" … "You've Got the Power" … "Think" … "If You Want Me" … "I Don't Mind" … "Bewildered" …the million dollar seller, "Lost Someone" … the very latest release, "Night Train" … let's everybody "Shout and Shimmy" … Mr. Dynamite, the amazing Mr. Please Please himself, the star of the show, James Brown and The Famous Flames!![25] |
Entre os MCs que trabalharam com Brown em sua turnê durante os anos, o mais famoso foi Danny Ray, que apareceu no palco com ele durante 30 anos.
[editar] Repertório e formato
As apresentações de James Brown eram famosas pela intensidade e duração. Seu objetivo pessoal era "dar as pessoas mais do que elas vieram buscar — fazê-las cansar, porque é para isso que elas vieram.'"[26] O repertório dos shows consistia em sua maioria de seus próprios sucessos e canções mais recentes, com algumas covers. Brown dançava vigorosamenteenquanto cantava, fazendo passos de dança, entre eles o famoso Mashed Potato. Além disso, os músicos e cantores de apoio (The Famous Flames) apresentavam danças coreografadas, e nas últimas apresentações, a turnê incluía dançarinos. Brown exibia roupas extravagantes e cabelos perfeitamente cortados que completavam o visual.
Um concerto de James Brown tipicamente incluíam artistas convidados como Vicki Anderson ou Marva Whitney, e uma faixa instrumental apenas com a banda, que muitas vezes servia como abertura para o show. Embora Brown tenha lançado muito álbuns ao vivo, o álbum Say It Live & Loud: Live in Dallas 08.26.68, lançado pela Polydor em 1998, foi o único que captou um show do começo ao fim.
[editar] A capa
Uma das marcas registradas dos shows de James era que durante a canção "Please, Please, Please", Brown caía de joelhos enquanto segurava o microfone, enquanto o MC jogava uma capa sobre seus ombros e o escoltava para fora do palco enquanto os Famous Flames continuavam cantando "Please, please don't go-oh-oh".[27] Brown então tirava a capa e entrava novamente no palco para o encerramento. Esta "encenação" foi repetida muitas vezes e pode ser vista durante os créditos finais de Blues Brothers 2000.
A encenação da capa de Brown foi inspirada por uma encenação similar feita pelo lutador de wrestling Gorgeous George.[25][28]
[editar] O líder da banda
Brown exigia extrema disciplina, perfeição e precisão de seus músicos e dançarinos — inclusive durante os ensaios para as turnês, as pessoas deveriam usar o mesmo "uniforme" ou "vestimenta" que usariam durante os shows.[29] Durante uma entrevista conduzida por Terri Gross durante o segmento "Fresh Air" da rádio NPR, Maceo Parker, um antigo saxofonista da banda de Brown durante os anos 60, 70 e 80 contava sua experiência em relação as exigências que Brown fazia da banda:
Você tinha que ser pontual. Tinha que ter seu uniforme. Suas coisas tinha que estar intactas. Tinha que ter sua gravata borboleta. Você tinha que tê-la. Você não podia aparecer sem a gravata borboleta. Os sapatos deveriam estar engraxados. Você tinha que ter suas coisas. Isto é o que Brown esperava. Maceo Parker[30]
Brown tinha outras regras em relação a sua banda, inclusive com aplicação de multas a quem quebrasse suas regras como calçar sapatos não engraxados, dançar fora da sincronia e entrar atrasado no palco.[31] Durante algumas de suas apresentações, Brown dançava em frente a sua banda com as costas voltadas para a plateia enquanto deslizava pelo palco, fazendo sinais com as mãos e dedos na batida da música. Embora a plateia pensasse que isto fazia parte da dança, esta prática na verdade tinha o intuito de apontar o membro da banda que tinha tocado ou cantado fora do tom ou cometido outra infração. Brown usava sinais com as mãos para alertar o músico que teria que pagá-lo por quebrar suas regras.[32]
[editar] Ativismo Social
[editar] A inquietação civil e auto-capacitação
Durante o final dos anos 60 e começo dos anos 70, James Brown foi reconhecido por seu trabalho social. Em 1966, ele lançou o single "Don't Be a Drop-Out" como uma lição para estudantes jovens que tinham a intenção de desistir dos estudos. Mais tarde fez discursos para dezenas de crianças lembrando a importância da educação na escola. Em 1967, lnaçou um single patriótico, "America is My Home", que era um "rap" sobre como ele via as pessoas, particularmente a comunidade afro-americana, que estava negligenciando o país que poderia dar-lhes oportunidades e explicando como em um momento ele estava engraxando sapatos e à seguir, cumprimentando o Presidente dos EUA, como fez com o Presidente Lyndon B. Johnson quando de seu encontro para a doação de dinheiro para programas de prevenção de abandono escolar.
Um ano mais tarde, se apresentou em Boston um dia depois da morte de Martin Luther King, Jr.. É dado crédito a James Brown por evitar uma revolta naquela cidade devido a esta apresentação.[33] A história é documentada no filme "The Night James Brown Saved Boston".
Após isso, o Presidente Johnson solicitou a Brown para visitar Washington, D.C. e cumprimentar moradores do centro da cidade se apresentando em um concerto beneficente e expressando a noção de que a violência "não era o cmainho a seguir". Muitos da comunidade negra sentiam que Brown se comunicava com eles mais do que qualquer outro líder do país, um sentimento que foi fortalecido com o lançamento do single, "Say It Loud - I'm Black and I'm Proud".
Brown continuou a se apresentar em vários concertos beneficentes pelos direitos civis, incluindo a organização PUSH de Jesse Jackson e o partido dos Panteras Negras. Brown também continuou a lançar singles com profundo conteúdo social: "I Don't Want Nobody To Give Me Nothing (Open Up the Door, I'll Get It Myself)" (1969), "Get Up, Get Into It, Get Involved" (1971), "Talking Loud and Saying Nothing" (1972), "King Heroin" (1974), "Funky President (People It's Bad)" (1974) e "Reality" (1975). Na semana anterior a sua morte, Brown levou presentes para crianças em um orfanato de Atlanta.
[editar] Vida pessoal
No fim de sua vida, James Brown vivia em Beech Island, Carolina do Sul. James Brown foi diagnosticado com diabetes no estágio inicial de sua vida.[34] Brown foi também diagnosticado com câncer de próstata, que foi tratado cirurgicamente com sucesso.[35] Apesar de sua saúde, Brown mantinha sua reputação como o "homem que mais trabalhava no show business" mantendo-se com sua agenda esgotante.
[editar] Casamentos e crianças
Brown foi casado quatro vezes — Velma Warren (19 de Junho de 1953–1969, divórcio), Deidre "Deedee" Jenkins (22 de Outubro de 1970–10 de Janeiro de 1981, divórcio), Adrienne Lois Rodriguez (nascida em 9 de Março de 1950) (1984–6 de Janeiro de 1996, morte da esposa) e Tomi Rae Hynie (Dezembro de 2001–2006, sua morte). Destes e outros relacionamentos, James Brown teve cinco filhos — Teddy Brown (1954-1973), Terry Brown e Larry Brown, Daryl Brown (membro da banda) e James Joseph Brown III, e mais quatro filhas — Lisa Brown, Dr. Yamma Noyola Brown Lumar, Deanna Brown Thomas e Venisha Brown.[36][37][38] Brown também tinha oito netos e quatro bisnetos.[36][37] O filho mais velho de Brown, Teddy morreu em um acidente de carro em 14 de Junho de 1973.[39]
De acordo com um artigo de 22 de Agosto de 2007 publicado pelo jornal britânico The Daily Telegraph, testes de DNA indicaram que Brown também era pai de, pelo menos três filhos ilegítimos. A única identificada foi LaRhonda Pettit (nascida em 1962), uma ex-aeromoça e professora aposentada que vive em Houston.[40]
[editar] A Controvérsia Brown-Hynie
Muita controvérsia cercou o casamento de Tomi Rae Hynie e James Brown que aconteceu em Dezembro de 2001, e que foi oficializado pelo Reverendo Larry Fryer.[41] Advogado de longa data de Brown, Albert "Buddy" Dallas, informou que o casamento entre Brown e Hynie não era válido pois Hynie era casada na época com Javed Ahmed, um paquistânes que Hynie alegava ter se casado com ela por um green Card. Embora Hynie alegasse que seu casamento com Javed Ahmed tivesse sido anulado, a anulação só aconteceu em Abril de 2004.[41][42]
[editar] Paternidade de James Brown II
Em uma entrevista a CNN, Debra Opri, outra advogada da família Brown, revelou a Larry King que Brown queria que um teste de DNA fosse feito após sua morte para confirmar a paternidade de James Brown II — não pela segurança de Brown, mas pela segurança de outros membros da família.[43]
[editar] Questões jurídicas
A vida pessoal de Brown foi marcada por vários problemas com a lei. Na idade de 16 anos, foi preso por roubo e ficou 3 anos na prisão. Em 1988, Brown foi preso após uma perseguição de carro em alta velocidade na Interestadual 20 indo da Georgia até a divisa com a Carolina do Sul. Ele foi acusado de transportar uma pistola sem licença e agredir um policial, juntamente com droga e outros delitos. Embora tenha sido condenado a seis anos de prisão, foi finalmente solto 1991 depois de cumprir apenas três anos de sua sentença. Em outro incidente, policiais foram chamados à residência de Brown em 3 de Julho de 2000, depois que foi acusado de atacar com uma faca um empregado da empresa de energia elétrica durante uma visita técnica.[44]
Durante os anos 1990 e 2000, Brown foi repetidamente preso por violência doméstica. Foi preso quatro vezes entre meados da década de 1980 e meados de 1990 sob a acusação de agressão contra Adrienne Rodriguez, sua terceira esposa. Em Janeiro de 2004, Brown foi preso na Carolina do Sul acusado de violência doméstica contra Tomi Rae Hynie que o acusou de derrubá-la no chão após uma discussão, e que resultou em escoriações em seu braço direito e quadris. Brown pagou fiança de $1087.[45]
[editar] Morte e Consequências
[editar] Morte
Em 23 de Dezembro de 2006, James Brown, doente, apareceu no escritório do seu dentista em Atlanta, Geórgia várias horas depois do horário marcado para um implante dentário. Durante esta visita, o dentista de Brown observou que ele parecia "muito mal… fraco e tonto". Ao invés de fazer o implante, o dentista recomendou que Brown fosse ao médico imediatamente.[46]
Brown foi ao Hospital Crawford Long na Universidade de Emory em Atlanta em 24 de Dezembro de 2006 para uma avaliação médica de suas condições, e deu entrada neste hospital para observação e tratamento.[47] De acordo com Charles Bobbit, amigo e agente de longa data, Brown tinha estado doente e com tosse desde de seu retorno de uma viagem a Europa em Novembro.[46] Bobbit acrescentou que era característico de Brown nunca contar ou reclamar a alguém sobre estar doente, inclusive durante shows.[46] Embora Brown tivesse cancelado shows em Waterbury (Connecticut) e Englewood, Brown estava confiante que o médico iria dispensá-lo do hospital a tempo de realizar shows na véspera do Ano Novo.
Para as celebrações de Ano Novo, Brown estava agendado para se apresentar no Teatro Count Basie em Nova Jérsei e no B. B. King Blues Club em Nova Iorque, além disso faria uma apresentação ao vivo na CNN no programa especial de fim de Ano de Anderson Cooper.[47] No entanto, Brown permaneceu internado e seu estado de saúde piorou ao longo desse dia.
Em 25 de Dezembro de 2006, Brown morreu aproximadamente a 1:45 da manhã insuficiência cardíaca resultante de complicações da pneumonia, estando ao seu lado, seu agente Frank Copsidas e seu amigo Charles Bobbit.[48] De acordo com Bobbit, Brown proferiu as palavras "Estou indo embora esta noite".[49]
[editar] Funeral
Após a morte de Brown, parentes e amigos, muitas celebridades e milhares de fãs compareceram aos funerais realizado no Apollo Theater em Nova Iorque em 28 de Dezembro de 2006 and e na James Brown Arena em 30 de Dezembro de 2006 em Augusta.[37] Um funeral separado também ocorreu na cidade de North Augusta, Carolina do Sul em 29 de Dezembro de 2006,[36] onde compareceram amigos e a família. Algumas das celebridades que compareceram aos funerais: Michael Jackson, Joe Frazier, Dick Gregory, MC Hammer, Jesse Jackson, Bootsy Collins, LL Cool J, 50 Cent e Don King.[50][51][52][53] Todos os funerais foram presididos pelo reverendo Al Sharpton.[54][55]
[editar] Último desejo e Testamento
James Brown assinou seu testamento em 1° de Agosto de 2000, perante o advogado Strom Thurmond, Jr.[56] Albert "Buddy" Dallas foi nomeado como um dos três representantes pessoais dos imóveis de Brown. O testamento de Brown cobria seus bens pessoais, como roupas, carros e jóias, direitos de música e a empresa James Brown Enterprises.[57]
Durante a leitura do testamento em 11 de Janeiro de 2007, Thurmond revelou que os seis filhos adultos de Brown (Terry Brown, Larry Brown, Daryl Brown, Yamma Brown Lumar, Deanna Brown Thomas e Venisha Brown) estavam no testamento. Hynie e James II não estavam inclusos.[56][58] O testamento de Brown foi assinado 10 meses antes do nascimento de James II e mais de um ano antes do casamento de James com Tomi Rae Hynie.[59]
Em 24 de Janeiro de 2007, os filhos de Brown abriram um processo contra os representantes pessoais dos imóveis de Brown. Em sua petição, pediam a côrte para remover os representantes dos imóveis de seu pai (incluindo o advogado de Brown e Albert "Buddy" Dallas) e que fosse apontado um novo administrador.[60][61]
[editar] Enterro em local temporário
Após os serviços funerários públicos o corpo de James Brown permaneceu no caixão em uma sala com temperatura controlada. O caixão de Brown mais tarde mudou-se para um local desconhecido, enquanto seus filhos e Tomi Rae Hynie se envolveram em disputas sobre o lugar de descanso final de Brown e assuntos relacionados ao seu testamento.[62] Mais de dez semanas após a morte de Brown, os filhos e Hynie decidiram onde o corpo ficaria temporariamente. Brown foi enterrado em 10 de Março de 2007 em uma cripta na casa de Deanna Brown Thomas, uma das filhas de Brown.[63]
De acordo com a família de James, o corpo permanecerá enterrado neste local temporário até que um mausoléu seja construído.[63][64] Para transformar o local de descanso de Brown em uma atração para visitantes, a família de Brown planeja consultar a família de Elvis Presley no sentido de converter o local em atração similar a Graceland.[63][65]
Segundo o Daily Mirror, a filha do cantor e compositor norte-americano James Brown afirmou que o corpo de seu pai foi roubado. LaRhonda Pettit, disse ainda que descobriu o ocorrido quando a família decidiu que realizaria uma autópsia no corpo de Brown porque sua morte foi um tanto confusa para os parentes.
[editar] Premiações
James Brown recebeu uma variedade de premiações e honras durante sua vida e até após sua morte. Em 1993, o conselho da cidade de of Steamboat Springs no Colorado fizeram uma votação entre os residentes para escolher um novo nome para a ponte que cruzava o rio Yampa. O nome vencedor com 7.717 votos foi "James Brown Soul Center of the Universe Bridge". James Brown apareceu na cerimônia de inauguração do evento.[66] Alguns moradores fizeram uma petição para que o nome fosse revertido para o original "Stockbridge" por razões históricas, mas logo desistiram pela popularidade do nome de James Brown. Brown retornou à Steamboat Springs em 4 de Julho de 2002 para uma apresentação ao ar-livre ao lado de outras bandas como String Cheese Incident.[67]
Em 1983, Brown foi indicado ao "Georgia Music Hall of Fame". Além disso, Brown foi um dos primeiros homenageados no Rock and Roll Hall of Fame, durante o jantar inaugural 23 de Janeiro de 1986. Em 25 de Fevereiro de 1992, Brown foi premiado com o Lifetime Achievement Award na 34ª edição do Grammy Awards. Exatamente um ano mais tarde, recebeu um prêmio na quarta edição do Rhythm & Blues Foundation Pioneer Awards.[68] Uma cerimônia foi realizada em 10 de janeiro de 1997 para homenageá-lo com uma estrela na Calçada da Fama.[68]
Em 15 de junho de 2000, Brown foi um dos indicados para o New York Songwriters Hall of Fame. Em 14 de Novembro de 2006, Brown foi indicado para o UK Music Hall of Fame, e foi um dos que se apresentaram na cerimônia.[69]
Brown também foi honrado na cidade de Augusta na Geórgia por sua atividades filantrópicas e civis. Em 20 de Novembro de 1993, o prefeito de Augusta Charles DeVaney homenageou James com a inauguração do "James Brown Boulevard".[68] Em 6 de Maio de 2005, como presente pelo seu 72° aniversário, Brown recebeu da cidade de Augusta uma estátua de bronze em tamanho natural na rua Broad.[68]
Durante a 49º edição do Grammy Awards que aconteceu em 11 de Fevereiro de 2007, a famosa capa de James Brown foi colocada sobre um microfone por Danny Ray (seu M.C. por mais de 30 anos). Durante o mesmo evento, Christina Aguilera cantou um dos sucessos de Brown, "It's a Man's Man's Man's World".[70]
Em 22 de Dezembro de 2007, a premiação "Tribute Fit For the King of King Records" em honra a James Brown aconteceu no Madison Theater em Covington no Kentucky. O tributo, organizado por Bootsy Collins, teve apresentações de Afrika Bambaataa, Chuck D do Public Enemy, The Soul Generals, Buckethead, Freekbass e Triage. Comediante Michael Coyer foi um dos apresentadores do evento. Durante o show, o prefeito de Cincinnati proclamou dia 22 de Dezembro como "James Brown Day".[71] Tem sido comentado que um filme com a biografia de James Brown está a caminho e que Spike Lee seria o diretor.